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Pássaro Certeza – Recanto da poesia

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Pássaro Certeza

Se há um pássaro que não me passa beleza

É o pássaro certeza.

Na música desse zabelê

Não há espaço para o porquê.

Ele parece um pássaro de verdade,

Mas não passa de um bicho falso, sem identidade.

 

O pássaro certeza é tão belo

Quanto o espetáculo do mercado paralelo.

O pássaro certeza é tão de confiança

Quanto os fios podres de uma trança.

 

O pássaro certeza canta forte, canta alto:

Para que o som possa desenhar o seu retrato,

Para que o vento varra um navio de verdade,

Para que o fogo queime quem não segue sua vontade.

 

O pássaro certeza canta forte, canta alto:

Para defender o passeio de um estrato,

Para não ouvir quem não é papagaio,

Para que fato, falso e feio se misturem no balaio.

 

O pássaro certeza canta forte, canta alto:

Para vender caro seu produto barato,

Para esconder o seu rosto caricato,

Para servir aos que sugam feito carrapato,

Para tirar as calças do pacato,

Para deixar o pacato sem teto, sem tato,

Para deixar o negro sem sapato

E para deixar Deus estupefato.

Realidade crua e perversa.

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