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Viagem de moto a Portugal – Recanto da poesia

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Viagem de moto a Portugal

Viagem de moto à Portugal

A nossa viagem de moto a Portugal foi um barato. Saímos daqui e fomos para Freiburg. Arranjamos um hotelzinho, passeamos pela cidade e depois de comer, fomos dormir, pois tínhamos uma longa viagem pela frente.

Com a moto, não dava para andar mais de seiscentos km por dia. Tínhamos sempre que parar para abastecer, pois o tanque é pequeno. Ainda bem, pois não havia bumbum que aguentasse.

Foi muito difícil conseguir um lugar decente para ficar na França. Primeiro, os hotéis são precários e os preços altíssimos, depois de mais de uma hora procurando, achamos um que tinha uma estrela, porém depois que o reformaram, queria passar a duas estrelas.

Como o nosso francês é ruim, uma amiga escreveu: “Je vous-Drais une chambre pour 2(deux) s`il-vous-plaît?” (Gostaríamos de um quarto para duas pessoas, por favor?) O recepcionista nos mostrou um muito bom, mas caro.

O papelzinho funcionou de novo, La moins chère SVP. (Um bem barato, por favor.) Subimos até o sótão e lá tinha um com WC e pia. O chuveiro era no corredor. Aceitamos.

Perguntamos onde poderíamos guardar a moto e nos levaram à garagem que era um curral. Não nos importamos que a nossa velha moto ficasse com os bichos, talvez assim estaria bem mais vigiada.

Tomamos banho e fomos jantar. Como estava muito quente, deixamos a janela aberta.

Na volta, encontramos o quarto invadido de mosquito de luz, uma vez que, tinha um letreiro luminoso na frente da janela. O Maridão telefonou para a recepção e pediu um spray que matasse os intrusos. Trouxeram e ele usou quase tudo, o cheiro era insuportável. Nós é que quase morremos com o inseticida em vez dos mosquitos. Fomos parar de camisola e pijama no corredor. Acabamos dormindo com a porta aberta.

No terceiro dia, estávamos indo pela autoestrada e vimos ao longe uma elevação com um castelo, resolvemos dar um pulo para olhar de perto. Era Carcaçonas, uma cidade medieval, lindíssima, com Torneio com Cavaleiros com Espada e Armadura.

Dormimos esta noite na Campagne (num hotel no campo). No dia seguinte, fomos a Lourdes. De lá partimos para a Espanha. Passamos pelos Pirineus e chegamos a San Sebastian. Agora eu sei porque o Rio de Janeiro tem o mesmo nome da cidade espanhola, pois é muito parecido. Conseguimos, depois de procurar em quartos privados, um no Albergue da Juventude.

Comemos os camarões mais frescos da nossa vida. Demos um giro pela cidade e para a caminha, tinha muito asfalto ainda por vir.

A costa norte da Espanha é mais para chuva e frio do que para o sol. Tentávamos ir pelo litoral, mas não há estradas e o tempo não ajudava. Chegamos a Santiago de Compostela, uma arquitetura maravilhosa barroca com a sua Catedral tão famosa. Uma senhora que alugava vagas para estudantes, nos alugou um quarto. Um amor de pessoa, começou a rezar por nós quando soube que tínhamos vindo de moto da Alemanha.

A entrada em Portugal foi triunfal, chegamos à Caminha, o Maridão ficou encantado com a beleza das casas e das cidades portuguesas.

Paramos três dias na cidade do meu avô, Viana do Castelo, tinha a Romaria de N. Sra. D’Agonia que é uma festa popular em que: comemos pão com chouriço e com sardinhas, bebemos vinho verde, brincamos nos carrosséis e vimos a mulher mais longa do mundo.

Depois de conhecer tudo, de ir à Prefeitura, de tentar encontrar algum descendente do meu avô materno, fomos à praia da Amorosa. O vento e a água estavam tão gelados, que acabamos de roupa de couro (de moto) para não sentir frio.

Visitamos Barcelos, a Catedral de Braga, Bom Jesus do Monte, que parece com a igreja de Congonhas do Campo, com as suas esculturas feitas por Aleijadinho e Guimarães.

Lá, os portugueses fizeram o castelo separado do palácio, bem complicado para o defender contra os inimigos, não é?

No Porto, ficamos no mais romântico hotel em que já nos hospedamos.

Era no sótão, tínhamos que subir mais de três lances de escada, o quarto era o último cômodo do edifício que dava para as nuvens. Não tinha banheiro, não tinha conforto, só tinha uma cama de casal e uma janela bem em cima dela que dava para o céu.

Acho que foi à noite que fizemos amor à luz do luar. Estava quente, era agosto, o sol tinha deixado o seu calor nas telhas, os nossos corpos suados se beijavam, se acariciavam, se tocavam, se misturavam. Produzíamos sons ritmados, soluços, gemidos ardentes, palavras saiam das almas embebidas em amor, paixão e calor. Eu tremia no êxtase do prazer, ele me acompanhava. Ele apalpava os meus seios, me acariciava na minha intimidade mais profunda, logrando o delírio. A luz da lua, iluminava, marcava e acentuava dois corpos unidos. Ele bebia na minha boca e no meu ventre o orgasmo. Éramos dois alucinados, vagando num mundo de beijos, carícias e gemidos.

Aquele ato de amor foi infindável até hoje guardo dentro de mim. Como se por um momento só existíssemos nós dois, a luz da lua e as estrelas no infinito.

Aquele instante não acabou, ficou dentro de nós, fazendo parte dos nossos seres, era a nossa intimidade sendo contemplada pelo universo.

Hoje, eu voltaria para aquele pequeno quarto e confessaria à lua e às estrelas que ali nos amamos, nos realizamos e nos concretizamos um no outro com gana e ardor. Já passaram-se mais de dez anos e aquele prazer ficou gravado em mim e nele, como cicatrizes deixadas pela luz do firmamento. Sonho não foi, sim realidade.

Se um dia você tiver a mesma chance de parar nesse hotelzinho, ficará sabendo o que é ter os astros como testemunhas de uma noite de amor.

Diga-me se não sou uma romântica em potencial?

No dia seguinte, conhecemos a cidade e resolvemos visitar uma fábrica de vinho do Porto, para saber como o produziam. No final, eles nos ofereceram para provar. Como só tínhamos tomado um cafezinho na hora do pequeno almoço (café da manhã), tomamos o vinho e acabamos mais bêbados do que duas cambas. Visitamos o Castelo de Santa Maria da feira e o parque de Burçaco, estávamos com sede e fomos comprar água num bar, o senhor queria nos vender uma garrafa de meio litro por cem escudos e uma de um litro por cinquenta escudos, essa era a matemática portuguesa e é óbvio que compramos a mais barata.

Fomos a Coimbra e às ruínas de Conímbriga, depois a Fátima e a Tomar. Legal foi ir ao Castelo de Almourol, tinha um senhor com um barquinho a remo, ele nos levou e quando quisemos voltar, tivemos que gritar para ele vir nos apanhar. Em Sintra, conhecemos todos os Castelos, dos mouros, da Pena, a Quinta de Monserrate, Convento dos Capuchos, o Palácio de Queluz, a igreja de Mafra, o cabo da Roca e a Boca do Inferno. Chegamos a Lisboa, a pensão era boazinha e arranjamos uma garagem para guardar a moto. Fomos à Torre de Belém, ao Monumento dos Navegadores, ao Convento dos Jerônimos, ao Santuário do Cristo Rei, ao Forte de São de Jorge, na Estufa Fria um gajo queria vender para o Maridão, uns cigarrinhos especiais, só porque ele estava com roupa de motoqueiro, eu disse para o rapaz:

– Ele não fuma nem cigarro comum, qual é a sua, ô meu! E o cara se mandou. No Rocio, o Maridão perdeu a chave no quarto e por termos ido para a Alfama e voltado tarde, a garagem estava fechada, o jeito foi pedir a um policial que estava de guarda em frente do quartel, para ele dar uma olhada na moto que ficou no estacionamento do lado da polícia. E claro, esta era a maior segurança que podíamos ter, nada aconteceu. No dia seguinte, partimos para o Algarve, ficamos em Carvoeiro, alugamos um quarto num apartamento privado. Fomos à praia e depois compramos uma galinha com piripiri. Veio um casal de alemães para ficar no outro quarto, eles ficaram assustados, pois devorávamos a penosa com as mãos, como canibais, além de estarmos famintos, não tínhamos talheres.

Visitamos Sines, o Castelo dos Mouros e Cabo São Vicente. Tínhamos visto quase tudo de Portugal, agora estava na hora de voltarmos pelo outro lado da Península Ibérica. Partimos para Espanha: Sevilha, Granada (visitamos o Alhambra, fantástico, não deixem de ir), Campelo, Figueira (vimos o Museu Dalí, sensacional) chegamos a Vienne na França, de lá para Alemanha, foram 28 dias de aventura e diversão, valeu a pena

Um belo conto com detalhes importantes para descrição de cenas

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Dulce Regina Magnani

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